PEDRO ALVES VIEIRA
( BRASIL – BAHIA )
Nasceu em São Miguel das Matas, Bahia.
Funcionário do Ministério das Comnicação, dedica-se também à Poesia e ao Teatro, sendo autor de várias peças já encenadas com êxito. É ator e diretor.
Fundou o Grupo de Arte Teatral Amadorística (GATA); o Grupo Metacentro de Teatro ); a Associação Profissional dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões (APATEDF).
Pertence à “Casa do Poeta Brasileiro” — Seção Brasília e à Associação de Imprensa de Brasília.
MÃE (Antologia). Capa: Sônia Gonçalves Dias. Brasília. DF: Casa do Poeta Brasileiro (POÉBRAS) Seção Brasília, 1983. 200 p.
Ex. doação do livreiro Brito, Brasília, DF
TROVAS E QUADRAS
Mãe, quem seria eu na vida
Sem teus conselhos amigos?
Entre bons e inimigos,
Quem será eu, mãe querida?
Mas, os homens são felizes
Quando se lembram que têm mães
Até mesmo nos deslizes
Ou na sarjeta como cães.
O mundo se quisesse
Teria paz eternamente
Bastaria amar as mães
E a Deus do céu somente.
Mamãezinhas do mundo
Abençoadas por Deus
Sois a essência da vida
E todos sonhos meus.
Quando sonho que sou filho
Busco logo minha mão
Por todos cantos da vida
Chamando Mamãe! Mamãe!
Você que não tem mãe viva
Viva feliz com a mãe
Que se chama Natureza
E que sempre foi Mamãe.
Mães de todos universos
Até as fronteiras da vida
Sois o amor d´alma querida
Cantando em prosas e versos.
Ninguém na vida tem paz
Se mãe não está no coração
Se o amor no peito não faz
Arder bem como tição.
MÃE
Mãe — Oração de Deus
Alma da vida
Das liras e harpas
— Mãe canção
És amor.
Ao contar os dias
De jardins em flor
Abro meu coração
A ti, mãe querida!
Sou, eternamente, tua
Semente boa!
Lançada no mundo,
à Terra,
Hoje vivente,
Por tua causa
Ando feliz...
Contente,
Vendo o futuro além
— Fé que me entoa.
O paraíso de Deus
Foi seu regaço
Onde vivi
Pouquinho os nove meses
Protegido com mimos
E por abraços.
Quão sozinho sou agora...
E muitas vezes
Mas garanto que sou forte
Como aço
Sob o olhar feliz
De Deus.
À FUTURA MÃE
Filha,
O Eterno
Abriu o céu
Do espaço majestoso
E do infinito azul,
Colossal fez surgir
Um grandioso NOME
Em letras do porvir
Com força definida
Em braço caloroso.
Filha,
A alma da mulher
E de toda imortal
Além de academias
De letras reunidas
E forte no papel,
No chão ou pedestal.
Filha,
Deus meditando,
Em paz Ele criou
Esta imagem tão divina
Elevada à ventura
De mãe, filha,
A vida do mundo que amou
Deus, filha,
Fez à mãe e à Natureza
Criação feliz de encanto
E vivencial ternura
Homenagem filial: a criança.
DUAS MÃES CEM POR CENTO
Saí ao léu,
Procurando,
Em toda Natureza
Seres vivos
Que por acaso não tivessem mães
Assim
Procurei em vão...
Tinham todos certeza
Desde a pedra
E o rochedo,
As lagartas
E os cães
Tinham, sim!
Murmurei aos vento impaciente
Que balançava
Os mares e oceanos sós
Tinham mães
Adão e Eva,
E a pobre da serpente,
As lesmas,
A minhoca
E todos caracóis.
Mães?!
Todos tinham sim!
O átomo,
A era da vida,
O Ciclone
E a Tempestade inflamos e tensos
A Terra no infinito
Isolada e perdida.
Não fiquei estarrecido
Em todo Firmamento
Pois neste mundo de céus
Abertos e imensos,
A Natureza e a Mãe
São Duas Mães Cem Por Cento.
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Página publicada em setembro de 2023
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